Sintomas de câncer no colo do útero. O câncer no colo do útero é um tipo de câncer que se desenvolve na parte inferior do útero, que se conecta à vagina. Esse tipo de câncer é causado principalmente pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), um vírus transmitido pelo contato sexual. O HPV pode causar alterações nas células do colo do útero, que podem se tornar cancerosas se não forem tratadas.
O câncer no colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, e o terceiro mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa é que, em 2023, ocorram cerca de 16 mil novos casos e 6 mil mortes por essa doença no país.
O câncer no colo do útero pode ser prevenido com a vacinação contra o HPV, que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Além disso, o uso de preservativo nas relações sexuais e a realização periódica do exame preventivo (Papanicolau) são medidas importantes para evitar a infecção pelo HPV e detectar precocemente as lesões precursoras do câncer.
Os sintomas e sinais de câncer no colo do útero podem variar de acordo com o estágio da doença. Nos estágios iniciais, o câncer pode não causar nenhum sintoma, por isso é fundamental fazer o exame preventivo regularmente. Nos estágios mais avançados, os sintomas mais comuns são:
- Sangramento vaginal anormal, que pode ocorrer após a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa.
- Corrimento vaginal com mau cheiro, cor ou consistência alteradas.
- Dor na pelve, na região lombar ou nas pernas.
- Inchaço abdominal ou perda de peso sem motivo aparente.
- Dificuldade para urinar ou evacuar.
Se você apresentar algum desses sintomas, procure um médico ginecologista o quanto antes. O diagnóstico do câncer no colo do útero é feito por meio de exames como a colposcopia, a biópsia e a ressonância magnética. O tratamento depende do tamanho, da localização e da extensão do tumor, e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
O prognóstico do câncer no colo do útero é melhor quando a doença é descoberta em seus estágios iniciais. Por isso, é essencial que as mulheres façam o exame preventivo anualmente ou conforme a orientação médica. Além disso, a vacinação contra o HPV e o uso de preservativo nas relações sexuais são formas eficazes de prevenir esse tipo de câncer.
Como é feito o exame preventivo do câncer no colo do útero?
O exame preventivo do câncer no colo do útero é um teste simples e importante para detectar alterações nas células do colo do útero, que podem indicar a presença de infecção pelo HPV ou de lesões precursoras do câncer. O HPV é um vírus transmitido pelo contato sexual, que pode causar câncer se não for tratado.
O exame preventivo é feito da seguinte forma:
- A mulher deve deitar em posição ginecológica, com as pernas afastadas e apoiadas em suportes.
- O médico introduz um instrumento chamado espéculo na vagina, que permite visualizar o colo do útero.
- O médico usa uma espátula ou uma escovinha para coletar uma pequena amostra de células do colo do útero.
- A amostra é colocada em uma lâmina e enviada para um laboratório especializado em citopatologia, onde será analisada.
O exame preventivo é rápido, indolor e não precisa de anestesia. Pode causar um leve desconforto ou sangramento leve, que desaparecem em pouco tempo. O resultado geralmente fica pronto em cerca de uma semana.
O exame preventivo deve ser feito por toda mulher que tem ou já teve vida sexual, especialmente entre 25 e 59 anos. O ideal é que o exame seja feito anualmente, ou a cada três anos se os dois últimos resultados foram normais.
O exame preventivo é a principal forma de prevenir o câncer no colo do útero, que é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil. Além disso, a vacinação contra o HPV e o uso de preservativo nas relações sexuais são medidas importantes para evitar a infecção pelo vírus.
Quais são os fatores de risco para câncer no colo do útero?
Os fatores de risco para câncer no colo do útero são condições ou hábitos que aumentam a chance de uma mulher desenvolver essa doença. O principal fator de risco é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), um vírus que pode ser transmitido pelo contato sexual e que pode causar alterações nas células do colo do útero, que podem se tornar cancerosas se não forem tratadas.
Além da infecção pelo HPV, existem outros fatores de risco que podem ser alterados, como:
- Tabagismo, que pode enfraquecer o sistema imunológico e facilitar a persistência da infecção pelo HPV.
- Histórico sexual, que pode aumentar a exposição ao HPV, como ter muitos parceiros sexuais, iniciar a vida sexual precocemente ou ter um parceiro de alto risco.
- Uso prolongado de anticoncepcional oral por mais de 10 anos, que pode alterar o equilíbrio hormonal e favorecer o crescimento de células anormais no colo do útero.
- Multiparidade, ou seja, ter muitos partos, que pode causar traumas ou inflamações no colo do útero.
- Má higiene pessoal ou alterações da flora vaginal, que podem favorecer infecções associadas ao HPV, como gonorreia e clamídia.
Existem também fatores de risco que não podem ser alterados, como:
- Idade, sendo que o câncer no colo do útero é mais comum em mulheres acima dos 30 anos, pois a infecção pelo HPV tende a persistir mais nessa faixa etária¹.
- Alteração genética, que pode predispor algumas mulheres a desenvolverem câncer no colo do útero em resposta à infecção pelo HPV.
- Baixa resistência imunológica ou imunossupressão, que podem dificultar a eliminação do HPV pelo organismo.
Conhecer os fatores de risco para câncer no colo do útero é importante para prevenir essa doença. Algumas medidas preventivas são:
- Vacinar-se contra o HPV, que está disponível gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
- Usar preservativo nas relações sexuais, que pode reduzir o risco de contágio pelo HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
- Fazer o exame preventivo (Papanicolau) regularmente, que pode detectar precocemente as lesões precursoras do câncer e permitir o tratamento adequado antes que elas se tornem invasivas.
- Parar de fumar, que pode melhorar a saúde geral e a imunidade.
Qual a diferença entre câncer no colo do útero e câncer de ovário?
O câncer no colo do útero e o câncer de ovário são dois tipos diferentes de câncer que afetam o sistema reprodutor feminino. Eles têm causas, sintomas, tratamentos e prognósticos distintos. Vou explicar as principais diferenças entre eles.
O câncer no colo do útero é um tipo de câncer que se desenvolve na parte inferior do útero, que se conecta à vagina. Esse tipo de câncer é causado principalmente pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), um vírus transmitido pelo contato sexual. O HPV pode causar alterações nas células do colo do útero, que podem se tornar cancerosas se não forem tratadas.
O câncer de ovário é um tipo de câncer que se origina nos ovários, que são as glândulas responsáveis pela produção de óvulos e hormônios femininos. Esse tipo de câncer não tem uma causa completamente conhecida, mas pode estar relacionado a fatores genéticos, hormonais, ambientais e reprodutivos.
Os sintomas do câncer no colo do útero podem variar de acordo com o estágio da doença. Nos estágios iniciais, o câncer pode não causar nenhum sintoma, por isso é fundamental fazer o exame preventivo (Papanicolau) regularmente. Nos estágios mais avançados, os sintomas mais comuns são:
- Sangramento vaginal anormal, que pode ocorrer após a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa.
- Corrimento vaginal com mau cheiro, cor ou consistência alteradas.
- Dor na pelve, na região lombar ou nas pernas.
- Inchaço abdominal ou perda de peso sem motivo aparente.
- Dificuldade para urinar ou evacuar.
Os sintomas do câncer de ovário também podem variar de acordo com o estágio da doença. Nos estágios iniciais, o câncer pode não causar nenhum sintoma, ou causar sintomas vagos e inespecíficos, como:
- Inchaço ou sensação de peso no abdômen.
- Alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia.
- Sensação de saciedade precoce ao comer.
- Dor ou desconforto na pelve ou no abdômen inferior.
- Alterações no ciclo menstrual.
Nos estágios mais avançados, o câncer de ovário pode causar sintomas mais graves, como:
- Ascite, que é o acúmulo de líquido na cavidade abdominal.
- Obstrução intestinal ou urinária.
- Sangramento vaginal anormal.
- Perda de peso involuntária.
- Falta de ar ou dor no peito.
O tratamento do câncer no colo do útero depende do tamanho, da localização e da extensão do tumor, e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O prognóstico do câncer no colo do útero é melhor quando a doença é descoberta em seus estágios iniciais. Por isso, é essencial que as mulheres façam o exame preventivo anualmente ou conforme a orientação médica. Além disso, a vacinação contra o HPV e o uso de preservativo nas relações sexuais são formas eficazes de prevenir esse tipo de câncer.
O tratamento do câncer de ovário também depende do tamanho, da localização e da extensão do tumor, e pode incluir cirurgia, quimioterapia e terapia alvo. O prognóstico do câncer de ovário é pior quando a doença é descoberta em seus estágios avançados. Por isso, é importante que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas do câncer de ovário e procurem um médico se notarem alguma alteração. Além disso, algumas medidas preventivas são: fazer exames ginecológicos regulares, evitar o uso prolongado de hormônios sem orientação médica, manter um peso saudável e evitar o tabagismo.
Quais são os tipos de tratamento para o câncer de ovário?
Os tipos de tratamento para o câncer de ovário dependem do estágio da doença, do tipo de tumor, da idade e da saúde geral da paciente. As principais opções de tratamento são:
- Cirurgia: é o tratamento mais comum e consiste na remoção do tumor e dos tecidos afetados, podendo incluir a retirada de um ou dos dois ovários, das trompas de Falópio, do útero, dos linfonodos e do peritônio. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia ou laparotomia, dependendo do tamanho e da localização do tumor.
- Quimioterapia: é o uso de medicamentos que destroem as células cancerígenas ou impedem seu crescimento. A quimioterapia pode ser administrada por via oral, intravenosa ou intraperitoneal. A quimioterapia pode ser feita antes ou depois da cirurgia, dependendo do caso.
- Radioterapia: é o uso de radiação para matar ou reduzir as células cancerígenas. A radioterapia pode ser externa ou interna, e pode ser usada como complemento à cirurgia ou à quimioterapia, ou para aliviar os sintomas em casos avançados.
- Terapia-alvo: é o uso de medicamentos que atacam alvos específicos nas células cancerígenas, bloqueando sua proliferação ou induzindo sua morte. A terapia-alvo pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou isoladamente, em casos de câncer de ovário avançado ou recorrente.
- Imunoterapia: é o uso de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas. A imunoterapia pode ser usada em casos de câncer de ovário avançado ou recorrente que não respondem aos outros tratamentos.
A escolha do tratamento mais adequado para cada paciente deve ser feita em conjunto com o médico oncologista, levando em conta os benefícios, os riscos e os efeitos colaterais de cada opção. Além disso, o tratamento pode ser ajustado ao longo do tempo, conforme a resposta da paciente e a evolução da doença.