Sintomas de cancer de mama

Sintomas de cancer de mama: O câncer de mama é uma doença que se caracteriza pelo crescimento anormal de células malignas no tecido mamário, podendo se espalhar para outras partes do corpo. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, mas também pode afetar os homens, embora seja mais raro.

O câncer de mama pode ter diferentes tipos, dependendo da origem e das características das células tumorais. Alguns dos tipos mais frequentes são:

  • Carcinoma ductal in situ: é um tumor que se origina nos ductos mamários, que são os canais que levam o leite até o mamilo, e que não invade os tecidos ao redor. É considerado um estágio inicial do câncer de mama e tem alto potencial de cura se tratado adequadamente.
  • Carcinoma lobular in situ: é um tumor que se origina nos lóbulos mamários, que são as glândulas produtoras de leite, e que também não invade os tecidos ao redor. É considerado uma lesão pré-maligna, que pode evoluir para um câncer invasivo se não for tratada.
  • Carcinoma ductal invasivo: é um tumor que se origina nos ductos mamários e que invade os tecidos ao redor, podendo atingir os vasos sanguíneos e linfáticos e formar metástases em outras partes do corpo. É o tipo mais comum de câncer de mama invasivo, representando cerca de 80% dos casos.
  • Carcinoma lobular invasivo: é um tumor que se origina nos lóbulos mamários e que invade os tecidos ao redor, podendo também formar metástases em outras partes do corpo. É o segundo tipo mais comum de câncer de mama invasivo, representando cerca de 10% dos casos.
  • Câncer de mama inflamatório: é um tipo raro e agressivo de câncer de mama, que causa inflamação, vermelhidão e inchaço na pele da mama, semelhante a uma infecção. O tumor bloqueia os vasos linfáticos da pele, impedindo a drenagem do líquido. É um tipo de câncer de difícil diagnóstico e tratamento.
  • Câncer de mama triplo-negativo: é um tipo de câncer de mama que não apresenta receptores hormonais (estrogênio e progesterona) nem a proteína HER2 em suas células. Esses receptores são alvos de alguns tratamentos específicos para o câncer de mama, por isso o câncer triplo-negativo é mais resistente a essas terapias e tem pior prognóstico.
  • Doença de Paget: é um tipo raro de câncer de mama que afeta a pele do mamilo e da aréola, causando descamação, coceira, vermelhidão e ulceração. Pode estar associada a um tumor no tecido mamário subjacente ou ser uma manifestação isolada do câncer.
  • Angiossarcoma: é um tipo raro de câncer que se origina nos vasos sanguíneos ou linfáticos da mama. Pode ser primário, quando surge espontaneamente na mama, ou secundário, quando surge como uma complicação tardia da radioterapia para o tratamento do câncer de mama.
  • Tumor filoide: é um tipo raro de tumor que se origina no tecido conjuntivo da mama. Pode ser benigno ou maligno, sendo este último chamado de cistossarcoma filoide. É um tumor que cresce rapidamente e pode recidivar após a cirurgia.

O câncer de mama pode causar diversos sintomas, dependendo do tipo, do tamanho e da localização do tumor. Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Presença de nódulo ou caroço na mama ou na axila, que pode ser palpável ou detectado por exames como mamografia ou ultrassonografia. O nódulo geralmente é indolor, duro e irregular, mas pode variar de acordo com o tipo de câncer.
  • Alteração na forma, no tamanho ou na simetria da mama, que pode ser percebida pela própria mulher ou pelo médico. A mama pode ficar mais inchada, mais flácida ou mais retraída, dependendo do tumor.
  • Alteração na pele da mama, que pode apresentar vermelhidão, inchaço, calor, descamação, ulceração ou aspecto de casca de laranja. Essas alterações podem ser causadas por inflamação, infecção ou invasão do tumor nos vasos linfáticos da pele.
  • Alteração no mamilo, que pode ficar mais escuro, mais invertido, mais sensível ou mais descamativo. O mamilo também pode liberar secreção de cor e consistência variadas, que pode ser sanguinolenta, transparente, amarelada ou esverdeada. A secreção pode ser espontânea ou provocada pela compressão do mamilo.
  • Dor na mama ou no mamilo, que pode ser constante ou intermitente, leve ou intensa, localizada ou difusa. A dor pode estar relacionada a alterações hormonais, a infecções ou a tumores que comprimem os nervos da mama.
  • Presença de ínguas na axila, que podem ser palpáveis ou detectadas por exames como ultrassonografia ou tomografia. As ínguas são gânglios linfáticos aumentados de tamanho, que podem indicar uma resposta imunológica a uma infecção ou a uma disseminação do câncer para os linfonodos regionais.

O diagnóstico do câncer de mama é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como o autoexame da mama, o exame clínico da mama, a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Além disso, é necessário fazer uma biópsia do tecido suspeito para confirmar a presença de células malignas e determinar o tipo e o grau do câncer.

O tratamento do câncer de mama depende do tipo, do estágio e das características do tumor, bem como das condições clínicas e das preferências da paciente. As principais modalidades de tratamento são:

  • Cirurgia: consiste na remoção do tumor e de parte ou de toda a mama afetada, podendo ser associada à retirada dos linfonodos da axila. A cirurgia pode ser conservadora, quando preserva a maior parte da mama, ou radical, quando remove toda a mama. A cirurgia também pode ser complementada com a reconstrução mamária imediata ou tardia.
  • Radioterapia: consiste na aplicação de radiação ionizante sobre o tumor ou sobre a região operada, com o objetivo de eliminar as células malignas remanescentes e reduzir o risco de recidiva. A radioterapia pode ser externa ou interna (braquiterapia), e pode ser usada antes, durante ou depois da cirurgia.
  • Quimioterapia: consiste na administração de medicamentos que atuam sobre as células malignas em todo o organismo, impedindo sua multiplicação e sua disseminação. A quimioterapia pode ser usada antes (neoadjuvante), durante (perioperatória) ou depois (adjuvante) da cirurgia. A quimioterapia também pode ser usada como tratamento paliativo em casos avançados.
  • Hormonioterapia: consiste na administração de medicamentos que bloqueiam a ação dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) sobre as células malignas que possuem receptores hormonais. A hormonioterapia é usada como tratamento adjuvante ou paliativo em casos de câncer de mama hormônio-dependente.
  • Imunoterapia: consiste na administração de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater as células malignas. A imunoterapia é usada como tratamento adjuvante ou paliativo em casos de câncer de mama que possuem a proteína HER2 em suas células.

A prevenção do câncer de mama envolve a adoção de hábitos saudáveis de vida, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso corpor.

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